Quem são os Assassinos, e como eles inspiraram o moderno terrorismo islâmico? A resposta não é fácil. Seu fundador foi um certo Hassan bin Sabbah. De origem persa, era uma figura enigmática – mistura de guerreiro, estrategista político e místico religioso. Bin Sabbah fazia parte de uma facção religiosa dentro do islã, o ismaelismo. Apesar de malvistos pela comunidade em geral, ninguém mexia com os ismaelitas. Eles eram poderosos e dominavam o Egito, além de uma fatia considerável no norte da África.
Por volta de 1090, depois de uma intriga pela sucessão do califado no Cairo, Bin Sabbah caiu em desgraça. Foi preso e trancafiado no alto do minarete de um palácio. Durante a noite, contudo, diz a lenda que a cúpula do minarete ruiu, e ele, vendo nisso um sinal divino, escapou. Dali em diante, ninguém mais controlaria seu destino. Em Masyaf, na Síria, e Alamut, na Pérsia, constituiu principados e ergueu fortalezas inexpugnáveis, geralmente em regiões montanhosas. Nascia assim o Senhor da Montanha, como passou a ser chamado.
Rastro de sangue
A história do precursor de Bin Laden e sua ordem assassina
1056
Nasce Hassan bin Sabbah, numa região montanhosa do norte da Pérsia (atual Irã).
1090
Bin Sabbah foge da prisão com “ajuda divina” e funda a Ordem dos Assassinos.
1094
Um membro da ordem mata o vizir persa al-Mulk com um punhal envenenado.
1192
Mais uma vítima importante dos Assassinos: Conrado, rei de Jerusalém.
1256
O general mongol Hulagu Khan invade Alamut e mata os seguidores da seita.
Século 14
Duzentos anos mais tarde, o termo “assassino” vira sinônimo de matador.
Para saber mais
The Assassins
Bernard Lewis, Perseus Publishing, 2002 (em inglês).
Veja completo Hein: Superinteressante
Esse é maligno
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