A câmara alta da Argentina aprovou um projeto que estabelece que o idioma português passe a ser matéria obrigatória nas escolas de segundo grau de todo o país. Segundo publica em seu portal digital parlamentario.com, a partir desta lei, todas as escolas de segundo grau do sistema educativo daquele país incluirão em forma obrigatória uma proposta curricular para o ensino do idioma português.
Esta lei supõe um incentivo à aprendizagem do português e constitui um passo importante no processo de integração com os países do Mercosul.
No caso das escolas das províncias fronteiriças com o Brasil, corresponderá sua inclusão desde o nível primário.
Ao contrário do que possa parecer, a decisão foi bem aceita por lá por um simples motivo: o argentino gosta do brasileiro e mantém a rivalidade do futebol, lá no campo de jogo (*evidentemente que existem exceções). Eles são fãs de nossos músicos, cantores, escritores... nossa cultura; nós mal conhecemos Gardel, El Che ou Evita. Eles veneram Ayrton Senna e nós mal sabemos quem foi Fangio.
Por isso, parece estranha esta animosidade que temos contra os hermanos. Como desmerecer sem conhecer?
Quando eles descobriram as praias de Santa Catarina foram considerados barulhentos, sujismundos e bagunceiros. Mas quem, em sã consciência, vai de férias para um país tropical com outra motivação a não ser a de festar e rir com a família e os amigos. Hoje em dia eles são esperados e bastante queridos por aqui.
Quem já foi a Buenos Aires pode corroborar a boa acolhida e a forma alegre e carinhosa com que eles nos recebem ao descobrir que somos brazukas.
Sou obrigado a confessar que por diversas vezes alento esta rivalidade por aqui a título de riso fácil, mas isso está errado pois parece me que está mais do que na hora de deixarmos a rivalidade à distância, assim como eles, lá nos gramados de futebol.
